Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro

Entrevista com Kenneth Camargo no Observatório de Análise Política em Saúde

Médico e doutor em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mesma instituição onde atua como professor associado, Camargo afirma que o descrédito da política é motivo de alerta.

kenneth-camargoO papel da militância e dos pesquisadores na atual conjuntura, a substituição da discussão política pela discussão econômica e a descrença no processo político são questões debatidas pelo sanitarista Kenneth Camargo em entrevista ao Observatório de Análise Política em Saúde (OAPS). Médico e doutor em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mesma instituição onde atua como professor associado, Camargo afirma que o descrédito da política é motivo de alerta. “Eu acho que tem uma descrença no processo político democrático que é muito perigosa porque a gente sabe onde é que isso vai dar […] Se você não resolve as coisas por meio da mediação política, por meio da negociação, por meio do Estado, o que vai sobrar? Vai ser a força, vai ser a violência, e não necessariamente a gente tem mais força. Se a disputa se reduzir a isso é muito complicado, a gente já perdeu mais de uma vez no passado quando chegou nesse nível”. Na entrevista, o docente também critica o discurso da suposta necessidade de uma política de austeridade no país e o impacto da PEC 241, que segue como PEC 55 no Senado. “Quais as consequências dessa limitação do gasto? E a limitação do gasto é social porque o gasto com juros não tem teto. Tem uma série de coisas que ficam escondidas nesse discurso e a gente vê a intencionalidade do que está por trás disso que é de desmontar, eu acho que não só o que a gente conquistou pós Constituição, mas algumas coisas que vêm desde a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho]”, afirma.

Leia a entrevista do mês de novembro na íntegra no site Observatório de Análise Política em Saúde.