A professora Thaís Jeronimo Vidal, em parceria com o Instituto Desiderata, reuniu-se, na última sexta-feira (19/04/2024), com a Coordenação de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente e a Coordenação da Política de Prevenção e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca/MS) e com a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope) para apresentar o projeto de extensão que coordena, chamado “Desenvolvimento de estratégias para a qualificação do cuidado prestado a crianças e adolescentes com suspeita ou diagnóstico confirmado de câncer”.
O trabalho, aprovado pelo Departamento de Extensão da UERJ em fevereiro deste ano, tem por objetivo o desenvolvimento de estratégias para o fortalecimento do cuidado prestado a crianças e adolescentes com suspeita ou diagnóstico de câncer. É fruto de uma parceria com o Instituto Desiderata, organização da sociedade civil que atua há mais de 20 anos no fortalecimento de políticas públicas para a saúde infantojuvenil. Antes de ingressar como docente do IMS, Thaís Vidal atuou como consultora do Instituto entre 2022 e 2023.
No câncer infantojuvenil, diferente do que ocorre com diversos cânceres em adultos, não existem evidências de que haja relação com fatores externos. Por isso, não se fala em medidas de prevenção e a principal abordagem consiste no diagnóstico certo e precoce e no acesso ao tratamento de qualidade.

“O trabalho conjunto da Universidade com a Sociedade Civil tem o potencial de fornecer novos diagnósticos e estratégias para a qualificação desse cuidado. Queremos propor orientações nacionais para o fortalecimento da suspeição do câncer infantojuvenil. O nosso intuito é envolver especialistas de todo o país na construção de um material técnico que possa fortalecer o diagnóstico precoce. Sabemos que a efetividade desse trabalho só será possível se construído em diálogo com a gestão e com os demais setores envolvidos no cuidado da criança e do adolescente. Por isso, estamos tão felizes com essa reunião”, afirmou a professora do IMS.
Presente na reunião, a gerente de Oncologia Pediátrica do Desiderata, Carolina Motta, destacou que “o Brasil é um país de dimensões continentais, onde ainda persistem muitas desigualdades entre as diferentes regiões do país. No âmbito da Oncologia Pediátrica, essas desigualdades também se expressam no acesso de crianças e adolescentes ao diagnóstico precoce. Por isso, desenvolver materiais que possam fortalecer as políticas em nível nacional é tão importante. Acreditamos que tirar esse projeto do papel nos dá a chance de buscar o aumento das chances de cura para todas as crianças brasileiras”.
A reunião, no âmbito da extensão, marca o compromisso assumido pelo projeto com a qualificação do cuidado prestado a crianças e adolescentes e o desenvolvimento desse trabalho, com o envolvimento das instituições presentes, assume agora uma nova forma.