sábado, maio 18, 2024
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Aula aberta 2023.2: “Sobre humilhação”, com María Elvira Benítez (MN/UFRJ)

A área de concentração em Ciências Humanas de Saúde do IMS/UERJ e o Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos recebem, na próxima segunda-feira (16/10/2023), a professora María Elvira Díaz Benítez, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia do Museu Nacional (UFRJ), para a aula aberta “Sobre humilhação”.

A aula faz parte da programação da disciplina “Gênero, violência e saúde na América Latina: politização e paradoxos regulatórios”, do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva do IMS/UERJ – concentração em Ciências Humanas e Saúde, coordenada pelos professores Horacio Sívori (IMS/UERJ) e Mariana Palumbo (IDAES/UNSAM-CONICET), com apoio do projeto CAPES/PRINT IMS/UERJ.

Bibliografia indicada

DÍAZ-BENÍTEZ, María Elvira. (2015) O espetáculo da humilhação, fissuras e limites da sexualidade. Mana, 21 (01), Jan-Apr.

DÍAZ-BENÍTEZ, María Elvira. (2019) O Gênero da humilhação. Afetos, relações e complexos emocionais. Horizontes Antropológicos, 25 (54), May-Aug.

DÍAZ-BENITEZ, Maria Elvira, GADELHA, Kaciano & RANGEL, Everton. (2021) Nojo, humilhação e desprezo: uma antropologia das emoções hostis e da hierarquia social. Anuário Antropológico, v. 46, n. 3.

Bibliografia complementar

DÍAZ-BENÍTEZ, María Elvira. (2021) A monstruosidade da humilhação. Uma etnografia entre mulheres agredidas com agentes químicos. Anuário Antropológico, v. 46, n. 3.

Sobre a disciplina

A disciplina “Gênero, violência e saúde na América Latina: politização e paradoxos regulatórios” examina a problemática da violência marcada por gênero a partir da exploração dos âmbitos, práticas, perspectivas, definições e tipologias envolvidas na produção e mudanças dos seus marcos regulatórios, bem como os deslocamentos de sentido produzidos nessa trajetória. Assim, através dos debates contemporâneos acerca dos seus alcances e limitações, aborda as categorias de violência como objeto de disputas. Com auxílio de literatura socioantropológica e feminista, bem como do exame de fontes documentais escritas e audiovisuais, examinamos os contornos conceptuais desenhados por essas disputas, tanto em termos das desigualdades estruturais que as mesmas manifestam, quanto das suas tessituras corporais, emocionais, discursivas e textuais. Visitamos tópicos como o feminicídio e a relevância conceitual e política desta categoria; o assédio sexual e as tensões relativas ao consentimento como categoria política e moral, bem como suas derivas punitivas e os debates que elas suscitam. Examinamos também as violências que ocorrem no seio do sistema médico de saúde e como suas práticas moldam subjetividades marcadas interseccionalmente por desigualdades. Finalmente, abordamos as respostas e resistências exercidas pelos feminismos e, atentos aos seus contextos, paradoxos e debates, as ferramentas e protocolos desenvolvidos em âmbitos institucionais.