sábado, julho 27, 2024
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Ruben Mattos: a pessoa por trás do nome

Durante o 3º Seminário Estratégico Ruben Mattos, o professor que deu nome ao evento foi homenageado e lembrado por colegas de sala e orientandos. Falecido no final de 2020, Ruben foi celebrado em texto da professora Jane Russo, que falou do intelectual e amigo.

“Ruben era um apaixonado pela família, pelo SUS, pela Saúde Pública e pela UERJ. Convivi com ele quando ocupamos a direção do IMS, eu sendo a vice, e foi uma experiência extraordinária. Uma das características mais marcantes era a disposição e o cuidado que ele cultivava para o diálogo. Ele tinha um jeito muito afetuoso e buscava a conversa franca e amistosa tanto com os colegas e estudantes do IMS quanto com outros setores e unidades da UERJ”, destacou a professora Jane Russo em sua fala, ressaltando o legado deixado por ele através do Laboratório de Pesquisas de Práticas de Integralidade em Saúde (LAPPIS), fundado junto com a professora Roseni Pinheiro.

Também participaram do evento Rosane Salles, companheira do Ruben, e suas filhas. Rosane falou sobre a relação entre os dois e exaltou o legado profissional de Ruben. “Ele era uma pessoa extremamente curiosa e aberta ao diálogo. Adorava matemática, gostava de construir equações para testar colegas, mas justificava a escolha pela medicina porque queria cuidar das pessoas”, lembrou. Ainda segundo ela, os dois anos de morte têm sido preenchidos com as boas memórias e, sobretudo, com o sorriso. “Mesmo quando internado e consciente da gravidade de seu estado, ele não se queixava e pedia que lembrassem sempre do sorriso dele”, completou.

Ao final da cerimônia, a doutoranda Bianca Moraes e a mestre Elaine Maia prestaram homenagem ao orientador. Elas exaltaram a capacidade de Ruben em acolher e incluir, da cumplicidade do mestre no processo de construção da pesquisa que coincidia com o processo de construção pessoal. Elaine Maia leu um texto em homenagem, no qual  destacou seu papel no período da pandemia. “Ele que durante 10 meses de pandemia mais me ensinou sobre contingências e as brechas para aprendizados e crescimento que elas nos dão, incentivando-me a prosseguir no mestrado em meio ao caos da sobrecarga, cansaço acumulado além de memória e concentração afetadas pela infecção do vírus, não estava mais aqui. Prosseguir era necessário e assim se fez apesar da nova suspensão do quase ideal versus o real concreto”, declarou (leia o texto na íntegra).